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28 junho, 2005

FLUVINA DO FREIXO - Mais um facto consumado

Os rios são referências essenciais num território, numa paisagem. A sua importância pode ser encarada sob vários prismas e prende-se também com o seu peso económico, com diferentes utilizações assumidas pelos grupos de interesse (por vezes contraditórios). A dimensão de património natural associado, cada vez mais, às ameaças ambientais, reveste-se de uma necessidade de ser "lidas" numa prespectiva intergrada nos processos de desenvolvimento local. Assim, as decisões sobre o ordenamento, a gestão e a partilha dos recursos hídricos não podem ser tomadas sem discussão dos prós e contras entre vários agentes. Não pode como diz a máxima adaptada "o politico pensa e a obra nasce" e mais nada...

Foi inaugurada em no inicio de Fevereiro, a nova "marina" no Freixo e os Ambientalistas "os maus da fita", foram acusados pelos pelos inauguradores de estarem contra localização dessa estrutura. A Onda Verde não viu na comunicação social qualquer oposição pública de Organizações Não Governamentais de Ambiente a manifestarem-se contra. Foi passada a mensagem, mais uma vez, de que os Ambientalistas estão contra o progresso, como é entendido por algumas personagens da nossa "praça".

A Onda Verde, vem por este meio manifestar que a construção da fluvina do Freixo (que é o nome próprio para estas estruturas fluviais), é essencial para voltar a dinamizar o transporte fluvial, nem que seja só pra lazer, pois revitaza o rio com "auto-estrada" do passado e ganha novos defensores da qualidade da água, pois ninguém gosta de navegar num esgoto a "céu aberto".
Relativamente à localização, a Onda Verde considera a escolha muito bem feita para a "implantação" da fluvina na foz dos rios Torto e Tinto. Dois rios completamente poluídos a despejarem as águas contra os barcos atracados. A localização concerteza a melhor, pois não há outro sitio tão poluído no Rio Douro entere a Foz e a barragem de Crestuma-Lever. Outra prova de que está bem situada é o facto de estar no canal da corrente e não numa "piscina" do rio, como se costuma dizer na interpretação da dinâmica das correntes. Quer isto dizer que em cada ano de cheia a corrente levará esta estrutura pelo rio abaixo e mais dinheiro será preciso para a recolocar no lugar.

A redução de 100 embarcações para 70 foi uma boa forma de contornar a necessidade de fazer estudo de impacte ambiental. PARABÉNS.

Ainda estamos por saber, porque foi abandonada a ideia de localizar esta fluvina na Alfândega do Porto. Será que a Delegação do Douro do IPTM (Instituto Portuário dos Transportes Marítimos), organismo "iluminado", possuidor da "verdade absoluta" deu o seu aval para esta localização? Claro que sim.
Continuamos a espera da implementação de transportes fluviais entre os diversos pontos da cidade do Porto e dos concelhos vizinhos atravessados pelo magnífico Rio Douro que continua a ser tão mal tratado pelos responsáveis das autarquias, que continuam a despejar as suas águas residuais não tratadas no rio, continuando a "lavar as mãos" em águas turvas.

Serafim Silva

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